DOLA
Só não era mais fácil
porque eu não era fácil
não me dava
não era de social
Andava naquela de olho
O xadrez observava
Dava umas caminhadas
Sabia quem tinha
e quando não
de minuto a questão
Conseguia, sempre
Alguns moleques se achavam
Passar perna, dola miada
Fazendo ponte sem volta,
botando saci
Eu ia mesmo assim
Uma grana ou outra que arrumava descia
Voltava alegre,
queimava com gosto
Na época era diferente,
nenhum grilo tinha perna
Alta rotatividade:
um dia na mão de uma vovó,
no outro guri de treze anos,
depois uma malandrona de Balzac.
O favo tava na favela
e tudo que era abelha sabia.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário